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Redes digitais e sustentabilidade

As redes digitais exprimem, além de uma nova forma comunicativa, um outro tipo de complexidade, não mais sistêmica, mas interativa e conectiva. Além da superação da frontalidade, a dimensão reticular tem substituído a concepção ecológica-analógica por uma forma ecológica conectiva, ou seja, por uma nova condição habitativa que se exprime nas novas preocupações ecológicas coletivas.

 

O processo de digitalização tem produzido uma inédita conexão entre a biosiversidade, os oceanos, a atmosfera, as geleiras, desenvolvendo uma nova sensibilidade ecológica e uma cultura da interdependência. Assim, o sistema do motor dos nossos automóveis, da realidade mecânica delimitada e fechada, torna-se uma realidade ecológica conectada à qualidade do ar das nossas cidades, ao aquecimento global, ao derretimento das geleiras, à extensão dos ursos polares.

 

O processso de digitalização se transformou em um processo total pondo em rede tudo que existe, objetos, pessoas, árvores, animais, territórios, constituindo uma quantidade infinita de informações (Big data) e criando interações que têm desenvolvido uma nova condição habitativa e uma inédita ecologia transorgânica. A difusão mais ampla das práticas, dos discursos e de uma cultura da sustentabilidade é ao mesmo tempo, consequência e expressão da expansão da dimensão comunicativa digital das redes. Falar de sustentabilidade significa inevitalmente fazer referimento às culturas e interações em rede, e a um tipo de complexidade não mais sistêmica, expressões todas do advento de uma nova ecologia digital e conectiva.

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